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28 de ago. de 2009

A CIGARRA E AS DUAS FORMIGAS


A FORMIGA BOA
Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas. Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas. A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém. Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu _ tique, tique, tique... Aparece uma formiga, friorenta, embrulhada num xalinho de paina.

- Que quer? _ perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.

- Venho em busca de um agasalho. O mau tempo não cessa e eu...

A formiga olhou-a de alto a baixo.

- E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?

A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois de um acesso de tosse:

- Eu cantava, bem sabe...

- Ah! ... exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?

- Isso mesmo, era eu...

- Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.




A FORMIGA MÁ

Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com dureza a repeliu de sua porta.

Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com seu cruel manto de gelo.

A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro e o inverno veio encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde abrigar-se nem folinha que comesse.

Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou - emprestado, notem! - uns miseráveis restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que o tempo o permitisse.

Mas a formiga era uma usurária sem entranhas. Além disso, invejosa. Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres.

- Que fazia você durante o bom tempo?

- Eu... eu cantava!...

- Cantava? Pois dance agora, vagabunda! - e fechou-lhe a porta no nariz.

Resultado: a cigarra ali morreu entanguidinha; e quando voltou a primavera o mundo apresentava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente daquela cigarra, morta por causa da avareza da formiga. Mas se a usurária morresse, quem daria pela falta dela?

Monteiro Lobato

Reflexões:

Eu gosto de fazer reflexões, a formiga boa além de muito trabalhar, também parava para ouvir o lindo canto da cigarra, que enbelezava a vida dura que ela levava. Esta formiga sabia solarizar sua vida, e enluarizar seu mundo. Havia descortinado o mundo rico de sabedoria, onde a beleza, a recreação, a poesia, a música faz parte de uma vida bem vida. Por isso esta formiga desenvolveu o campo essencial e descobriu a compaxão. E quem é compassivo sabe acolher o outro, sem julgar. Por consequência ele continuou ouvindo a linda canção da cigarra.

E a cigarra má, tadinha, nunca parou para solarizar sua vida, sair para ouvir o canto da cigarra, ver um lindo por sol, ou enluarizar seu mundo pequeno, deitar ao relento e ver uma linda noite de lua cheia, o brilho encandescente de raios que enriquece o olhar. Ela ficou muito amarga, pela vidinha pequena de só trabalhar, só trabalhar, só trabalhar. Como consequência nunca mais ouviu o lindo canto da cigarra.

Pense nisto!

Que seria de todos nós, se os artistas, escritores, músicos não existem...

Quantas maravilhosas cigarras embelezam a nossa vida...

O mundo precisa de formigas e de cigarras.

Paz e Luz


27 de ago. de 2009

O CORVO E A RAPOSA


O senhor corvo numa árvore empoleirado
Segurava no seu bico um queijo.
A senhora raposa, pelo odor atraída,
Dirigiu-se-lhe mais ou menos com estas palavras:
Olá! bom-dia, senhor corvo,
Como sois bonito! Como me pareceis belo!
Sem mentir, se o vosso gorjeio
For semelhante à vossa plumagem,
Vós sois a fénix dos habitantes destes bosques.
Com estas palavras o corvo não cabe em si de contente;
E para mostrar a sua bela voz,
Ele abre o grande bico e deixa cair a sua presa.
A raposa apodera-se dela e diz: "Meu bom senhor,
Aprendei que todo o bajulador
Vive às custas daquele que o escuta:
Esta lição vale bem um queijo, sem dúvida."
O corvo, envergonhado e confuso,
Jurou, mas um pouco tarde, que não o apanhariam mais.

Fábula de La Fontaine

26 de ago. de 2009

UTOPIA

O homem não sabe mais criar fábulas. E com isso ele é prejudicado, pois é importante e salutar que se fale também sobre aquilo que o Espírito não pode alcançar. Carl Gustave Jung


21 de ago. de 2009

A ARTE SERVE A BELEZA



A arte serve a beleza, e a beleza é a felicidade de possuir uma forma, e a forma é a chave orgânica da existência; tudo o que vive deve possuir uma forma para poder existir, e, portanto, a arte, mesmo a trágica, conta a felicidade da existência.

Boris Pasternak

CHEIRO DE DEUS

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda tocando com os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco, juntinho ao nosso lado e a gente ri grande que nem menino arteiro.

Tem gente como você que nem percebe como tem a alma Perfumada! E que esse perfume é dom de Deus". (Drummond)

17 de ago. de 2009

O FÓSFORO E A VELA


Certo dia o fósforo disse para a vela:

Minha missão é te acender.

- Ah, não, disse a vela. Tu não vês que se me acendes meus dias estarão contados. Não faz uma maldade dessa não.

Então queres permanecer toda a tua vida assim dura, fria, perguntou o fósforo.
Mas ter que me queimar. Isso dói. Consome as minhas forças.

- Tens toda razão, respondeu o fósforo, esse é precisamente o mistério de tua vida. Tu e eu fomos feitos para ser luz. O que eu, como fósforo, posso fazer é pouco. Mas se passo a minha chama para ti, cumprirei com o sentido de minha vida. Fui feito para isso: para começar o fogo. Tu és vela. Tua missão é brilhar. Toda tua dor, tua energia se transformará em luz.


Ouvindo isso a vela olhou e disse:

- Por favor, acende-me.

Somos a luz do mundo e sal da terra. temos que fazer a diferença. Deus nao chama capacitados mas capacita os escolhidos,eu quero ser escolhido e você?

Pense nisso!

Se você for fósforo, que sua luz acenda as pessoas que são velas.

Se você for vela, brilhe sua luz para clareiar caminhos sombrios.

Que as duas luzes nunca se apaguem.

Que sejamos a luz do mundo!

11 de ago. de 2009

MERKABA - O VEÍCULO DE LUZ



NÃO BASTA ACREDITAR, TEM QUE AGIR


Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas, imaginando uma forma de chegar até o outro lado, aonde era seu destino. Suspirou, profundamente, enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente, percebeu haver letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.

Num dos remos estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro, AGIR. Não contendo a curiosidade, perguntou ao barqueiro o motivo daqueles nomes nos remos.
O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito ACREDITAR, e remou com toda força. O barco começou a dar voltas, sem sair do lugar. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito AGIR, e remou com todo vigor. Novamente, o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo, e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.
O barqueiro disse ao viajante:

- Este barco pode ser chamado de AUTOCONFIANÇA. E a margem é a META que desejamos atingir. Para que o barco da AUTOCONFIANÇA navegue seguro e alcance a META pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: ACREDITAR e AGIR.

Não basta apenas ACREDITAR, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também AGIR para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa META. Impulsione os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais, e não se esqueça que, por vezes, será preciso até remar contra a maré. (anônimo)

Boa viagem!

Paz e Luz!

10 de ago. de 2009

ACENDA A LAMPARINA


Quando uma lamparina é acesa a partir de outra, passam a existir duas lamparinas onde havia apenas uma.

A primeira não deixou de emitir luz quando a segunda foi acesa.

Você pode acender um milhão de lamparinas a partir de uma e, mesmo assim, ela não sofrerá nada.

O sentimento elevado também é assim. Compartilhe-o com um milhão de pessoas, e ele ainda será tão intenso quanto antes.

A luz se espalha e se mistura com a luz de outras fontes, sem limites, preconceitos ou preferências.

Que neste dia de hoje que se inicia sem pretensões, você possa acender sua lamparina e caminhar para acender outras tantas...

Que a sua lamparina seja colocada no alto para iluminar outras luzinhas tênues...

Que você saiba receber e irradiar essa Luz entre todas as pessoas que encontrar no dia de hoje, para todo o Planeta e para o Universo.


Em comunhão com o sentimento elevado a “Divina Presença” nos abençoará para a sempre.

E por ter elevado nosso pensamento mundano ao sutil campo da energia Divina, nunca faltará bênçãos para nossa vida.

Acenda sua lamparina!

Que você sinta o AMOR!

Que irradie AMOR!

Que você seja o próprio AMOR!


3 de ago. de 2009

Liga das Nações


Gato-do-mato, jaguatirica e irara receberam um convite da onça para constituírem a Liga das Nações.

- Aliemo-nos e cacemos juntos, repartindo a presa irmãmente, de acordo com os nossos direitos.
- Muito bem! - exclamaram os convidados. - Isso resolve todos os problemas da nossa vida.
E sem demora puseram-se a fazer a experiência do novo sistema. Corre que corre, cerca daqui, cerca dali, caiu-lhes nas unhas um pobre veado. Diz a onça:
- Já que somos quatro, toca a reparti-lo em quatro pedaços.
- Ótimo!
Repartiu a presa em quatro partes e, tomando uma, disse:
- Cabe a mim este pedaço, como rainha que sou das florestas.
Os outros concordaram e a onça retirou a sua parte.
- Este segundo também me cabe porque me chamo onça.
Os sócios entreolharam-se.
- E este terceiro ainda me pertence de direito, visto como sou mais forte do que todos vós.
A irara interveio:
- Muito bem. Ficas com três pedaços, concordamos (que remédio!); mas o quarto tem que ser dividido entre nós.
- Às ordens! - exclamou a onça. - Aqui está o quarto pedaço às ordens de quem tiver a coragem de agarrá-lo.
E arreganhando os dentes assentou as patas em cima.
Os três companheiros só tinham uma coisa a fazer: meter a caudas entre as pernas. Assim fizeram e sumiram-se, jurando nunca mais entrar em Liga das Nações com onça dentro.


A Onça Poderosa!
Monteiro Lobato, além de ser genial, constrói fábulas onde apresenta sátiras pertinente as questões sociais, mostrando a hipocrisia das nações (onça). O mundo dos interesses fala mais alto, ninguém cumpre a palavra. As pessoas sem dignidade sempre usam a lei "Quero tirar vantagem em tudo". É claro os seres humanos estão mudando a cara, está ocorrendo uma instalação paulatina da ética, da moral, da dignidade.

Paz e Luz

Cântico do Homem

Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

Miguel Torga

Paz e Luz!

1 de ago. de 2009

Pensamento Lucido



O que quer que tenha em sua mente, esqueça-a

O que quer que tenha em sua mão, solta-a

O que quer que tenha em seu destino, enfrente-o

Abu Sa’id

28 de ago. de 2009

A CIGARRA E AS DUAS FORMIGAS


A FORMIGA BOA

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas. Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas. A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém. Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu _ tique, tique, tique... Aparece uma formiga, friorenta, embrulhada num xalinho de paina.

- Que quer? _ perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.

- Venho em busca de um agasalho. O mau tempo não cessa e eu...

A formiga olhou-a de alto a baixo.

- E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?

A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois de um acesso de tosse:

- Eu cantava, bem sabe...

- Ah! ... exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?

- Isso mesmo, era eu...

- Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.




A FORMIGA MÁ

Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com dureza a repeliu de sua porta.

Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com seu cruel manto de gelo.

A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro e o inverno veio encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde abrigar-se nem folinha que comesse.

Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou - emprestado, notem! - uns miseráveis restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que o tempo o permitisse.

Mas a formiga era uma usurária sem entranhas. Além disso, invejosa. Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres.

- Que fazia você durante o bom tempo?

- Eu... eu cantava!...

- Cantava? Pois dance agora, vagabunda! - e fechou-lhe a porta no nariz.

Resultado: a cigarra ali morreu entanguidinha; e quando voltou a primavera o mundo apresentava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente daquela cigarra, morta por causa da avareza da formiga. Mas se a usurária morresse, quem daria pela falta dela?

Monteiro Lobato

Reflexões:

Eu gosto de fazer reflexões, a formiga boa além de muito trabalhar, também parava para ouvir o lindo canto da cigarra, que enbelezava a vida dura que ela levava. Esta formiga sabia solarizar sua vida, e enluarizar seu mundo. Havia descortinado o mundo rico de sabedoria, onde a beleza, a recreação, a poesia, a música faz parte de uma vida bem vida. Por isso esta formiga desenvolveu o campo essencial e descobriu a compaxão. E quem é compassivo sabe acolher o outro, sem julgar. Por consequência ele continuou ouvindo a linda canção da cigarra.

E a cigarra má, tadinha, nunca parou para solarizar sua vida, sair para ouvir o canto da cigarra, ver um lindo por sol, ou enluarizar seu mundo pequeno, deitar ao relento e ver uma linda noite de lua cheia, o brilho encandescente de raios que enriquece o olhar. Ela ficou muito amarga, pela vidinha pequena de só trabalhar, só trabalhar, só trabalhar. Como consequência nunca mais ouviu o lindo canto da cigarra.

Pense nisto!

Que seria de todos nós, se os artistas, escritores, músicos não existem...

Quantas maravilhosas cigarras embelezam a nossa vida...

O mundo precisa de formigas e de cigarras.

Paz e Luz


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27 de ago. de 2009

O CORVO E A RAPOSA


O senhor corvo numa árvore empoleirado
Segurava no seu bico um queijo.
A senhora raposa, pelo odor atraída,
Dirigiu-se-lhe mais ou menos com estas palavras:
Olá! bom-dia, senhor corvo,
Como sois bonito! Como me pareceis belo!
Sem mentir, se o vosso gorjeio
For semelhante à vossa plumagem,
Vós sois a fénix dos habitantes destes bosques.
Com estas palavras o corvo não cabe em si de contente;
E para mostrar a sua bela voz,
Ele abre o grande bico e deixa cair a sua presa.
A raposa apodera-se dela e diz: "Meu bom senhor,
Aprendei que todo o bajulador
Vive às custas daquele que o escuta:
Esta lição vale bem um queijo, sem dúvida."
O corvo, envergonhado e confuso,
Jurou, mas um pouco tarde, que não o apanhariam mais.


Fábula de La Fontaine

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26 de ago. de 2009

UTOPIA

O homem não sabe mais criar fábulas. E com isso ele é prejudicado, pois é importante e salutar que se fale também sobre aquilo que o Espírito não pode alcançar. Carl Gustave Jung


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21 de ago. de 2009

A ARTE SERVE A BELEZA



A arte serve a beleza, e a beleza é a felicidade de possuir uma forma, e a forma é a chave orgânica da existência; tudo o que vive deve possuir uma forma para poder existir, e, portanto, a arte, mesmo a trágica, conta a felicidade da existência.

Boris Pasternak

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CHEIRO DE DEUS

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda tocando com os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco, juntinho ao nosso lado e a gente ri grande que nem menino arteiro.

Tem gente como você que nem percebe como tem a alma Perfumada! E que esse perfume é dom de Deus". (Drummond)

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17 de ago. de 2009

O FÓSFORO E A VELA


Certo dia o fósforo disse para a vela:

Minha missão é te acender.

- Ah, não, disse a vela. Tu não vês que se me acendes meus dias estarão contados. Não faz uma maldade dessa não.

Então queres permanecer toda a tua vida assim dura, fria, perguntou o fósforo.
Mas ter que me queimar. Isso dói. Consome as minhas forças.

- Tens toda razão, respondeu o fósforo, esse é precisamente o mistério de tua vida. Tu e eu fomos feitos para ser luz. O que eu, como fósforo, posso fazer é pouco. Mas se passo a minha chama para ti, cumprirei com o sentido de minha vida. Fui feito para isso: para começar o fogo. Tu és vela. Tua missão é brilhar. Toda tua dor, tua energia se transformará em luz.


Ouvindo isso a vela olhou e disse:

- Por favor, acende-me.

Somos a luz do mundo e sal da terra. temos que fazer a diferença. Deus nao chama capacitados mas capacita os escolhidos,eu quero ser escolhido e você?

Pense nisso!

Se você for fósforo, que sua luz acenda as pessoas que são velas.

Se você for vela, brilhe sua luz para clareiar caminhos sombrios.

Que as duas luzes nunca se apaguem.

Que sejamos a luz do mundo!

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11 de ago. de 2009

MERKABA - O VEÍCULO DE LUZ



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NÃO BASTA ACREDITAR, TEM QUE AGIR


Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas, imaginando uma forma de chegar até o outro lado, aonde era seu destino. Suspirou, profundamente, enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente, percebeu haver letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.

Num dos remos estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro, AGIR. Não contendo a curiosidade, perguntou ao barqueiro o motivo daqueles nomes nos remos.
O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito ACREDITAR, e remou com toda força. O barco começou a dar voltas, sem sair do lugar. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito AGIR, e remou com todo vigor. Novamente, o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo, e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.
O barqueiro disse ao viajante:

- Este barco pode ser chamado de AUTOCONFIANÇA. E a margem é a META que desejamos atingir. Para que o barco da AUTOCONFIANÇA navegue seguro e alcance a META pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: ACREDITAR e AGIR.

Não basta apenas ACREDITAR, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também AGIR para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa META. Impulsione os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais, e não se esqueça que, por vezes, será preciso até remar contra a maré. (anônimo)

Boa viagem!

Paz e Luz!

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10 de ago. de 2009

ACENDA A LAMPARINA


Quando uma lamparina é acesa a partir de outra, passam a existir duas lamparinas onde havia apenas uma.

A primeira não deixou de emitir luz quando a segunda foi acesa.

Você pode acender um milhão de lamparinas a partir de uma e, mesmo assim, ela não sofrerá nada.

O sentimento elevado também é assim. Compartilhe-o com um milhão de pessoas, e ele ainda será tão intenso quanto antes.

A luz se espalha e se mistura com a luz de outras fontes, sem limites, preconceitos ou preferências.

Que neste dia de hoje que se inicia sem pretensões, você possa acender sua lamparina e caminhar para acender outras tantas...

Que a sua lamparina seja colocada no alto para iluminar outras luzinhas tênues...

Que você saiba receber e irradiar essa Luz entre todas as pessoas que encontrar no dia de hoje, para todo o Planeta e para o Universo.


Em comunhão com o sentimento elevado a “Divina Presença” nos abençoará para a sempre.

E por ter elevado nosso pensamento mundano ao sutil campo da energia Divina, nunca faltará bênçãos para nossa vida.

Acenda sua lamparina!

Que você sinta o AMOR!

Que irradie AMOR!

Que você seja o próprio AMOR!


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3 de ago. de 2009

Liga das Nações


Gato-do-mato, jaguatirica e irara receberam um convite da onça para constituírem a Liga das Nações.

- Aliemo-nos e cacemos juntos, repartindo a presa irmãmente, de acordo com os nossos direitos.
- Muito bem! - exclamaram os convidados. - Isso resolve todos os problemas da nossa vida.
E sem demora puseram-se a fazer a experiência do novo sistema. Corre que corre, cerca daqui, cerca dali, caiu-lhes nas unhas um pobre veado. Diz a onça:
- Já que somos quatro, toca a reparti-lo em quatro pedaços.
- Ótimo!
Repartiu a presa em quatro partes e, tomando uma, disse:
- Cabe a mim este pedaço, como rainha que sou das florestas.
Os outros concordaram e a onça retirou a sua parte.
- Este segundo também me cabe porque me chamo onça.
Os sócios entreolharam-se.
- E este terceiro ainda me pertence de direito, visto como sou mais forte do que todos vós.
A irara interveio:

- Muito bem. Ficas com três pedaços, concordamos (que remédio!); mas o quarto tem que ser dividido entre nós.
- Às ordens! - exclamou a onça. - Aqui está o quarto pedaço às ordens de quem tiver a coragem de agarrá-lo.
E arreganhando os dentes assentou as patas em cima.
Os três companheiros só tinham uma coisa a fazer: meter a caudas entre as pernas. Assim fizeram e sumiram-se, jurando nunca mais entrar em Liga das Nações com onça dentro.


A Onça Poderosa!
Monteiro Lobato, além de ser genial, constrói fábulas onde apresenta sátiras pertinente as questões sociais, mostrando a hipocrisia das nações (onça). O mundo dos interesses fala mais alto, ninguém cumpre a palavra. As pessoas sem dignidade sempre usam a lei "Quero tirar vantagem em tudo". É claro os seres humanos estão mudando a cara, está ocorrendo uma instalação paulatina da ética, da moral, da dignidade.

Paz e Luz

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Cântico do Homem

Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

Miguel Torga

Paz e Luz!

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1 de ago. de 2009

Pensamento Lucido



O que quer que tenha em sua mente, esqueça-a

O que quer que tenha em sua mão, solta-a

O que quer que tenha em seu destino, enfrente-o

Abu Sa’id

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